segunda-feira, 2 de junho de 2014

Secretária da SEPM comemora Comitê de Gênero e comenta sobre anuário da violência 2013 da SSP

A secretária Executiva de Políticas para Mulheres do Estado do Amazonas, advogada Márcia Álamo, parabenizou o secretário de Estado de Segurança Pública do Amazonas, Paulo Roberto Vital, pela criação do Comitê Permanente para Questões de Gênero da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas, cuja solenidade de lançamento ocorrerá nesta terça-feira, às 15h, no Auditório da SSP-AM.
“A criação do Comitê de Gênero é um grande salto no âmbito do Governo Estadual, no que se refere à implementação das políticas públicas para as mulheres amazonenses. O comitê terá a competência de planejar, desenvolver e monitorar políticas de gênero oriundas da Secretaria Executiva de Políticas para Mulheres no âmbito das instituições que compõem o Sistema de Segurança Pública”, disse Márcia.
Para a secretária, o Estado do Amazonas, seguindo a orientação do Governador José Melo, dá um passo importante para a melhoria no atendimento às mulheres vitimadas pela violência, seja a doméstica e familiar ou de qualquer outro tipo.
“Com o comitê em ação, podemos esperar um melhor preparo do policial, para atender aquelas mulheres que procuram uma delegacia policial em busca de apoio e, em alguns casos, encontram um profissional de segurança pública despreparado e machista, que submete essa mulher a outro tipo de violência: a institucional”, disse Márcia Álamo.
A titular da SEPM também mostrou-se preocupada com as estatísticas do Anuário da Segurança Pública, divulgado pela SSP-AM na última sexta-feira, 30 de maio. De acordo com o Anuário, houve redução nos índices de homicídio na capital e no Estado do Amazonas. Em 2012 foram registrados 947 crimes de homicídio na capital, e no ano passado, em 2013, as ocorrências caíram para 722 casos. A queda representa 23,8%, o que também contribuiu para diminuir a taxa de mortes por 100 mil habitantes, de 50,9 para 36,4.
No Estado todo, essa redução é de 29 para 22,9, abaixo da média de 25 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, considerada ideal também para os níveis internacionais. Essa taxa é parâmetro no país para nivelar o cálculo entre as diferentes populações de estados e cidades.
Por outro lado, houve aumento de 3,8% nos registros de violência doméstica entre 2012 e 2013 e de 28,4% nos casos de estupro, no mesmo período.
Para Márcia Álamo o aumento nos registros de casos de violência doméstica é esperado, uma vez que cada vez mais mulheres sentem-se motivadas a denunciar companheiros agressores, por campanhas como a “Eu Ligo 180”, lançada há duas semanas pelo Governo Federal, bem como pela maior visibilidade das ações do Estado entre 2012 e 2013, com a criação da própria Secretaria de Políticas para Mulheres e da visibilidade de ações pela implementação da Lei Maria da Penha.

“As mulheres que sofrem há anos com a violência doméstica sentem-se motivadas a denunciar os maus tratos, à medida que tomam conhecimento de que o Estado do Amazonas possui uma rede dedicada a atendê-la e protegê-la, tirando-a do convívio com o agressor. Neste sentido, nossa preocupação é no sentido de fortalecer esta rede, na Capital e no interior, seja por meio da ação direta do Estado ou por meio de parcerias com as prefeituras do interior, convencendo os prefeitos a criarem em seus municípios os organismos de políticas para mulheres, como secretarias, coordenações ou departamentos. Neste sentido, ações articuladas, como a criação do Comitê de Gênero da SSP são fundamentais para o sucesso dessas políticas públicas”, finalizou Álamo.

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